domingo, 18 de janeiro de 2009

Passeio nocturno

Gostei deste passeio…
Pelas ruas de Évora, a chuva miudinha beijava-nos timidamente a cara, humedecia-nos o cabelo, pontilhava-nos a roupa.
De vez em quando uma aragem provocava-nos um arrepio, fazia-nos aconchegar nas nossas peças invernais, mas logo passava.
Os candeeiros iluminavam fracamente as tortuosas ruas, como se não pretendessem incomodar os passeantes, a conversa, ou o agradável silêncio nocturno. Que calma se escutava naquelas ruas, que tranquilidade, que sossego…
A chuva miudinha insistia em beijar-nos timidamente a cara, mas não me apetecia ir embora. Apetecia-me andar e andar, encher fortemente o peito de ar e senti-lo a entrar nos pulmões.
Portas e janelas cerradas. As ruas fechadas para o mundo. Só se abriram para nós podermos passar e vaguear, sem rumo e conversa certos.
Apetecia-me tanto ter continuado este passeio… fez-me sentir livre e desprendido, isolado de uma vida que tenho de seguir, afastado de compromissos que sou obrigado a acatar. Foi bom não pensar em nada! Mas faltaste-me tu...
Agora, no silêncio caseiro, partilho estas sensações, porque são momentos como este que eu gosto de deixar gravados no meu bloco de emoções…

1 comentário:

Meire disse...

Eu bem sei o que te enchei-a o coração, e te fazia percorrer as ruas de Ebora, com tanta alegria, liberdade,etc. Fico feliz por ti amigo. Porque finalmente tens aquilo por que tanto esperaste e mereces. Por isso desejo que os sentimentos que te invadiram naquela noite de Janeiro,se prolonguem por muito tempo. Porque como já te disse, os sentimentos verdadeiros e saudáveis, devemos conserva-los para todo o sempre. Por isso aproveita bem, tudo aquilo que a vida te reservou de bom, para mais tarde não te arrependeres de não teres feito algo.Abraços desta tua amiga :p