terça-feira, 19 de maio de 2009

Turbilhão...

Turbilhão… Turbilhão de sentimentos, de opiniões, de desejos.
A indecisão perante a realidade. Lutar ou permitir? Fechar os olhos ou enfrentar?
Depois foi o teu envelope, deixado voluntariamente em cima da cómoda da entrada. O envelope que eu não abri com medo. Medo do que revelará, das palavras que certamente estarão contidas naquele pedaço de fita, envelope que só irei abrir junto de quem me sinta seguro. Porque é que deixaste aqui este envelope? Estavas suficientemente ausente da minha vida, porque apareceste agora??
Depois vem a tua fita, outra fita. Aquela que li ontem e já tenho saudades (e a qual certamente vou ler quando acabar este texto…). Palavras que escorrem em tom prateado e que me emocionaram, que me fizeram acreditar na amizade, que me fizeram acreditar que houve pessoas que ficaram marcadas por mim, que sentirão a minha falta. Saudade. Saudade que aperta, já, e que as tuas palavras fizeram apertar ainda mais.
Apetecia-me dar te um abraço forte, bem forte… aquele ficou muito aquém… um abraço de amigos, amigos ao nosso jeito, como tu próprio referes. Porque eu não tenho vergonha de dizer que te adoro (porque os amigos adoram-se!), que és uma pessoa que eu adoraria ter conhecido. E conheci!
Nunca esperei ler nada teu assim, tão profundo. Porque foste sempre muito poupado nas palavras. De vez em quando lá deixavas escapar uma mensagem mais aproximada daquilo que eu queria ouvir de ti. Porque as palavras são muito importantes para mim!, assim como os abraços! Mas a fita surpreendeu-me, e muito!
Vou ter muitas saudades tuas, acredita! Mas a vida não separa os amigos! Caso contrário, eu não o vou permitir!

Entretanto o envelope jaz, ali. Amanhã talvez tenha coragem de o abrir, junto de quem me sinto seguro.

Quanto ao turbilhão de emoções, ele já não supera o cansaço… e quanto à indecisão… logo se vê como corre amanhã o dia…

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ausência prolongada...

Foi grande, esta ausência. Prolongadamente longa… os afazeres académicos, distribuídos entre a realização de trabalhos, trabalhinhos e trabalhecos, e os preparativos para a Queima, entre a idealização e concepção de fitas, marcação de jantares e demais ocasiões de celebração festiva, não me têm permitido passar por aqui para colocar mais um post it sentimentalista.
De qualquer maneira, a minha vida não tem tido, deste então, nada assim de tão relevante que merecesse ser escarrapachado neste espaço. Contudo, achei que esta ausência já era demasiadamente prolongada, e antes que a ASAE da blogoesfera me encerrasse o espaço comercial por falta de novidades e actualizações, resolvi esmiuçar qualquer coisita aqui para o bloco virtual.
A um passo do fim, a minha cabeça tem andado demasiadamente ocupada para pensar que estou, precisamente, a um passo do fim. Nem as fitas, primorosamente concebidas e saudosamente escritas, me têm sensibilizado para este facto. No entanto, tenho a admitir que sinto a alma carregada e os olhos pesados. Sinto que necessito urgentemente de descarregar o saco lacrimal, que ameaça rebentar pelas costuras. Por favor: alguma alma caridosa tem a bondade (de me auxiliar… ai não, não é isto que eu queria dizer aqui…) de me fazer um power point todo giro, e a puxar ao sentimento, para eu poder verter uns quantos decilitros? Muito agradecido pela gentileza…
Enquanto aguardo por esse momento, aqui permaneço eu, esperando dias melhores, dias de festejo, que nunca mais chegam, que nunca mais me tiram este peso de cima, me esvaziam a alma e folgam as costas. Foram quatro anos de reuniões e afazeres, de marcações e idealizações, de projectos (uns frustrados, mas uma grande parte concebidos) e de tentativas de união (essas sim, frustradas, na totalidade), de tudo e mais alguma coisa que servisse para por História no mapa dos cursos da UE e afastá-la dos comentários (bastante tristes, diga-se de passagem…) “ai também há História na Universidade??”, ou desperdícios de palavras, parolos, do género.
Confesso que neste momento me sinto cansado. É muito difícil nadar contra a corrente e tentar avançar contra o vento… no entanto, fez-se, fiz, o que foi possível, e me foi possível.
Um dia destes hei-de vir para aqui desabafar este tipo de recordações. Por enquanto fico por aqui, só para que a ASAE da blogosfera não me encerre o espaço comercial por falta de novidades e actualizações.